Dependência química ou síndrome de dependência é a perda de controle sobre o uso da droga (seja álcool, tabaco, maconha, cocaína...), em razão da necessidade psicológica e/ou física da mesma.
Dependência psicológica é a necessidade da droga para atingir o máximo da sensação desejada.
A dependência física indica adaptação do organismo ao uso crônico da substância, com o desenvolvimento de sintomas quando a droga não é usada.
Nesse caso, levam à síndrome de abstinência que, pelo desconforto ocasionado, faz com que o dependente retome o consumo da substância que foi descontinuada (interrompida).
A procura pela droga passa a ser impositiva. O dependente químico tem noção da compulsão, e é capaz de qualquer coisa, mesmo ilegal, para obter a substância.
A tolerância ao uso torna-se progressiva, ou seja, há necessidade de doses cada vez maiores para se obter o mesmo efeito inicial.
É uma doença crônica, progressiva, incurável e, na maioria das vezes, FATAL. Caracteriza-se pela incapacidade da pessoa de abster-se das drogas lícitas ou ilícitas. Para o controle, é primordial suspender o uso da droga. O importante não é a diminuição da quantidade ou freqüência, mas a abstinência total.
O dependente não pode jamais voltar a fazer uso da droga, caso contrário a dependência se manifestará.
Não há caso de dependente que, tendo parado de usar a droga possa fazê-lo de novo – ainda que por simples e ocasional recreação – sem voltar à dependência. Parar temporariamente e voltar ao uso significa recaída, isto é, retornar ao ponto de partida.
Há hipóteses científicas de que a Dependência Química é uma doença multifatorial. A Ciência tem pesquisado exaustivamente sobre as causas que levam as pessoas a se tornarem dependentes químico de drogas (álcool, cigarro, cocaína, maconha...). As principais são as seguintes:
Hereditária: pessoas já trazem em si uma tendência ao uso de drogas. A Medicina as classifica como personalidades toxicófilas.
Emocional: pessoas com personalidade imatura.
Social: pessoas em ociosidade e com tendência à imitação.
Psíquica: pessoas obsessivas e compulsivas.
Espiritual: pessoas doentes da alma.
Neurológica: pessoas com desordens de percepção, ilusões e alucinações, esquizofrenia.
"Alcoolismo é uma enfermidade crônica, progressiva e FATAL caracterizada pela incapacidade da pessoa de abster-se do álcool". Embora o termo fosse conhecido desde os tempos bíblicos e tema de discussões e polêmicas, somente em 1937 foi definido pelo médico americano Dr. Jellineck.
É interessante ressaltar ainda que, somente em 1967 a Associação Médica Americana tornou, após inúmeras pesquisas, tal conceito oficial. Atualmente é aceito por todas as entidades médicas do mundo e pela Organização Mundial de Saúde.
Por definição: tóxico, psicotrópico ou droga é toda substância que atua sobre a atividade mental, provocando uma ação perturbadora e levando à dependência. Embora não seja combatido como tal, o álcool é o tóxico mais disseminado no mundo, devido à fácil obtenção e ao uso ser aceito socialmente, além dos fatores tradicionais e econômicos.
O álcool é fator de degeneração orgânica, corrosivo por excelência das membranas e mucosas que forram o aparelho digestivo. Uma vez ingerido não é eliminado, passando a envenenar a corrente sanguínea.
Fonte de desequilíbrio do sistema nervoso, o álcool intoxica as células, produzindo anormalidades de toda a espécie; é o estrangulador do fígado, o que acarreta ora atrofia, ora hipertrofia, degenerando-o em sua estrutura; é o responsável pelos acidentes cardíacos em sua grande generalidade; é a causa direta da loucura em inúmeros casos.
A influência eminentemente envenenadora do álcool é transmissível de pais para filhos; é a origem da imbecilidade e do cretinismo, fatos verificados em descendentes de alcoólatras.
Todos esses fatores são de conhecimento público, mas, assim mesmo, parece que a humanidade os desconhece. O alcoolismo aí está em toda a sua nudez. Por toda a parte se bebe álcool. A aquisição está ao alcance de toda gente. Há para todos os paladares e para todas as classes: grandes e pequenos, dignitários e plebeus, homens e mulheres, adultos e crianças. Muitas vezes, é mais fácil ter acesso ao álcool do que aos gêneros de primeira necessidade.